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Argos
- Marco Villarta

- 4 de jun. de 2022
- 1 min de leitura
Cansaço.
A força do corpo
Que quase não existe mais.
Olhos de névoa
Esticados
Distantes
No tempo da espera
No horizonte da praia.
Vagas memórias
Brincadeiras
Caçadas
Fruir a simples presença
Um do lado do outro
Sem emitir
Qualquer som.
Coração batendo mais forte
Após cada retorno.
Sensação de abandono
De nunca mais ver voltar
Mas o cheiro ainda não engana
E um último arfar
Lento e profundo
Da derradeira alegria.
A morte que chega
Não terá sido em vão.
É Ulisses voltando.
Marco Villarta
2016




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