top of page

Arena

Se me esquivo da areia escorrendo

Pelos vidros que são convexa parede

Para o tempo ir-se derretendo

Feito boneco de neve ao sol exposto

Se me atrevo a esconder as lágrimas

É que o enlevo pode parecer exagero

Só quem vive a desmedida entrega

É capaz de dimensionar o desconcerto

de não seguir sentindo a luz da vida

só quem não enxerga explodirem sóis

e o universo inteiro se ajoelhar

Pois que cada par de perfeitas esferas

Fundidas no mais puro afeto

É o que move os deuses existirem

E crerem que valeu a pena persistirem

Em não destruir de vez o pretérito éden

Pois nem todos se comprazem na queda

Nem perdem a original revelação.


Marco Villarta

Lavras, 06 de julho de 2022.

Posts recentes

Ver tudo

Comentários


Marco Villarta

Professor universitário, pesquisador, poeta, ensaísta, escritor, tradutor. Doutor em Letras. Nascido em São José dos Campos/SP - Brasil. Curioso pela vida e pelas pessoas, pela arte e pelos sonhos.

Membro correspondente da Academia Jacarehyense de Letras

Copyright © 2025. Todos os Direitos Reservados

bottom of page