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A esquina do tempo


A esquina do tempo é logo ali é logo agora Não sei se esquina ou círculo sem fim perambulamos por isso nossa obsessão por ciclos ilusória maneira de contar o incontável devir o fluir do rio é também do fogo do éter aéreo, fugaz talvez, mesmo, a própria terra não seja menos fluida como diria o velho Borges talvez o repouso de quando evanescemos depende da memória alheia efêmera maneira de nos ligarmos entre as metades do nada do desconhecido de onde viemos para o imponderável para quando iremos cronotopos, utopias o homem que está cansado não (des)sonha somente com lugar nenhum deixar de ocupar um lugar é a engenhosa trapaça para (o) ser eterno.


Marco Villarta Lavras, 12 de janeiro de 2021

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Marco Villarta

Professor universitário, pesquisador, poeta, ensaísta, escritor, tradutor. Doutor em Letras. Nascido em São José dos Campos/SP - Brasil. Curioso pela vida e pelas pessoas, pela arte e pelos sonhos.

Membro correspondente da Academia Jacarehyense de Letras

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