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Yule

Bato na porta Não sei quem vou encontrar Arrisco a sorte Será fada, gnomo, outro elemental ? A casa é pequena Os móveis são poucos Mas me engano A mobília depende Do hóspede Da sua imaginação Os anfitriões também Há na lareira um espelho A face a ser vista Varia de acordo com o íntimo Pode ser de ogro Ou de rara beleza humana Uma planta florida Ou outro pequeno animal Às vezes, muito raro, Se enxerga uma chama Sutil, fulgoral São os poucos Que enxergam a própria alma Para além do corpo natural A esses, aparecem os móveis reluzentes E uma miríade de elementais Alegres, celebram o humano Que não perdeu a centelha divinal Os risos, a alegria Duram o instante de um faiscar A eternidade e o paraíso Não se medem por relógios Há nesses convivas Mais que mútuo respeito Sabem-se da mesma matéria Que os sonhos fingem Ser irreal.

Marco Villarta Lavras, 02 de agosto de 2021.


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Marco Villarta

Professor universitário, pesquisador, poeta, ensaísta, escritor, tradutor. Doutor em Letras. Nascido em São José dos Campos/SP - Brasil. Curioso pela vida e pelas pessoas, pela arte e pelos sonhos.

Membro correspondente da Academia Jacarehyense de Letras

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