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Tear

Desenrolo o fio

Desconfio do que vejo

E almejo alcançar o rio

Que me dará acesso

A onde possa estar

Reunido, reunificado

Após ter sido

Cindido

Rasgado ao meio

E não receio o fim

Pois sei que o ilusório

É descrer do mistério

É olhar para o espelho

E se esquecer

Que a imagem própria

É astuto ardil

Sagaz sortilégio

De esconder a face outra

Que nos fita

Não sei se calma ou aflita

Com a mesma

Saudosa espera

Em ser, de novo,

Única e intensa

Luz.


Marco Villarta

Lavras, 11 de junho de 2022.

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Marco Villarta

Professor universitário, pesquisador, poeta, ensaísta, escritor, tradutor. Doutor em Letras. Nascido em São José dos Campos/SP - Brasil. Curioso pela vida e pelas pessoas, pela arte e pelos sonhos.

Membro correspondente da Academia Jacarehyense de Letras

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