Sina
- Marco Villarta

- 15 de jun. de 2022
- 1 min de leitura
Quantos lagos no relevo do existir
De águas do que deixamos de nosso
Poço de suores frios, de salgados choros
Pelo ausentar-se a cada dia, um pouco mais
Pelo perder-se gradativamente
Um tanto mais de vida
Na lida com o calar-se de quem se foi
E cada depois é um suspiro longo
Profunda asfixia a cada instante
Sem hálito, sem álibi, sem alento
O lento desmanchar-se pelas vias
Caminhos rotos mais pelos que trilham
Lamentosa estrada, inescapável sina
Desilumina as tênues esperanças
Trança o fio de novelo escasso
É o rio, é o vento, são as brisas
Fluências do que insistimos
Intermitência do existirmos
Metálicos silêncios
De trincados sinos.
Marco Villarta
Lavras, 14 de junho de 2022.




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