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Mars


Vou para Marte Diz minha insana parte Lado enviesado da alma Lá ainda não chegaram Os predadores da própria espécie Carece dizer o quanto de insano É tal insensato plano Vou para Marte Dissolver-me em outro solo Perder-me a vista em outro céu Adivinhar outras luas Nuas paisagens Furiosas aragens Espessos, arenosos furacões Vou para Marte Lá não conheço rei Que não houve em momento algum Vou para Marte Mas sem sair da minha pequena aldeia Vou porque preciso E os que têm juízo Sei que, nesse intrépido périplo, vão me acompanhar.


Marco Villarta Lavras, 21 de janeiro de 2022.

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Marco Villarta

Professor universitário, pesquisador, poeta, ensaísta, escritor, tradutor. Doutor em Letras. Nascido em São José dos Campos/SP - Brasil. Curioso pela vida e pelas pessoas, pela arte e pelos sonhos.

Membro correspondente da Academia Jacarehyense de Letras

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