Dove
- Marco Villarta

- 22 de mai.
- 1 min de leitura
Onde os outros pedaços
Da alma
Onde a melhor metade
O olhar possível para si
O ver a doçura
Do infinitamente pequeno
A solenidade do ilimitado
As inseparáveis camadas
Do que foi nosso passado
Do que terá sido
Incerto futuro
Nascedouro do fugidio
Do escorregadio
Presente
Dádiva sem explicação
Para muito além
Provindo de mítico aquém
Em quantas estações
Quantos diferentes trens
Passei
Ora vi você se esvaindo no partir
Ora era eu indo para não sei
Onde
O ar que já não completa os pulmões
O ponto de chegada
O reencontro
O apertado abraço
No difuso espaço
No sem-fim
Na eternidade do
doce olhar
Onde a canção em língua estranha
No sorriso mesmo
Na alegria
de ter nascido junto
Na mesma antiga
Criação.
Marco Villarta
Lavras, 11 de junho de 2024.




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