Mãe
- Marco Villarta

- 4 de jun. de 2022
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Para Olga Villarta
Somos filhos das dores
Somos filhos dos sonhos
Gerados
Planejados ou não
Queridos
Desenhados no coração
Somos filhos da terra
Mãe nossa
Mãe de todas’ mães
Somos filhos da espera
Dos silêncios de antes
E dos depois
Somos essa incompreensível
Semente nutrida
Num ventre tão frágil
Que além das angústias
Carrega a gente
Como esperança
Difícil saber a simbiose
Quem sai e rompe o cordão
Para quem gera
Há de estar sempre ligado
Para além das distâncias
Das frases não ditas
De outras vidas traçadas
Se há algum mistério divino
Esse será sempre sublime
Saber-se gerado e nutrido
Sonhado e entregue
À inexplicável trama
a vida.
Marco Villarta
2016




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