Dea
- Marco Villarta

- 14 de jun. de 2022
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Para Neusa Cardoso
Há luz nos recônditos cantos
Nos sutis encantos
E seu brilho excede
O compreensível
E de tão forte
Torna invisível
A fonte de onde vem
Pois os olhos,
Físicos que são,
Têm limitado alcance
E, embora se lancem
Para muito além,
Arranham a superfície
Dos mais profundos mistérios
Apanham do mais simples
Dentre os mais simples segredos
E é degredo não saber de lá
Do infinito e mais longe ainda
Não poder reter as certezas
Pois a presença é, antes
De qualquer outra,
Intermitência
Pulsar do que num minuto
Existe
Para no seguinte do mundo
Desexistir
Latência do corpóreo
Peremptório porvir
Crença no devir
Esperança no enfim.
Marco Villarta
Lavras, 11 de junho de 2022.




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