Per-plexo
- Marco Villarta

- 8 de jun. de 2022
- 1 min de leitura
O peito dilacerado
Quis fazer uma oração
Mas ele desconhece
A sintaxe dos deuses
Não é alpinista de olimpos
Nem reverente visitante
De físicos templos
Ele só sabe das dores
Próprias e alheias
E as candeias que enxerga
Não são de cera
Ele só sentiu alívio
Nas desfronteiras
De variado coexistir
O coração só entende
O verdessencial
O róseo despertar
E, chama do incondicional,
Reza crendo no impossível
E vê nas cinzas a forma
Que jamais deixou de persistir
No peito aberto não há apenas
As duras feridas
Mas amenas súplicas
Arenas múltiplas
Onde coabitam
Amargores e doçuras
Líquido fluir
Do mistério
De estar aqui.
Marco Villarta
Lavras, 7 de junho de 2022.




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