De finis
- Marco Villarta

- 6 de jun. de 2022
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Quando as cantigas param
Será que as feridas saram
Que as antigas lendas falam
Que as desmedidas dores
Se declaram
Quando as contidas chamas
Se calam
E restam esmaecidas tramas
Membranas do indizível
Do impossível de se suportar
Sensação de cortar os fios
De comportar todos os cios
Que geram as monstruosas perdas
Tormentas de infinitos oceanos
Para além dos planos
Que sabemos frequentar
Quando as melodias cessam
E ainda que as vítimas peçam
Não há fim no se confundir
Ao infundir mais que a morte
Ao ditar a sorte de estar só
E o pó vai e vem na criação
Somos metade dos caminhos
E quando as estrelas de novo
Nascerem da poeira anterior
Seremos, talvez, outras versões
Do que tivemos de incerteza
A crueza das não respostas
As apostas sem finalização.
Marco Villarta
Lavras, 06 de junho de 2022.




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