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Antropogonia


Contorno os dias Em torno das dádivas retorno ao útero Torno a ser Sou crisálida tenro embrião O tempo entorta A luz que o toca Desloca os passos desfoca os traços Como ser viajante No cosmos nos microespaços fimbrias do afeto Como o que está acima A diminuta vida Assemelha-se ao divino A breve memória Tem um quê de infinito E o Deus acima dos deuses também contempla o que não é obra sua mais que ninguém sabe ser outro e ver-se refletido nas frágeis filigranas delicado tecido urdido, sonhado vivido por suas efêmeras criaturas.


Marco Villarta São José dos Campos, 30 de julho de 2021

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Marco Villarta

Professor universitário, pesquisador, poeta, ensaísta, escritor, tradutor. Doutor em Letras. Nascido em São José dos Campos/SP - Brasil. Curioso pela vida e pelas pessoas, pela arte e pelos sonhos.

Membro correspondente da Academia Jacarehyense de Letras

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