Antropogonia
- Marco Villarta

- 4 de jun. de 2022
- 1 min de leitura
Contorno os dias Em torno das dádivas retorno ao útero Torno a ser Sou crisálida tenro embrião O tempo entorta A luz que o toca Desloca os passos desfoca os traços Como ser viajante No cosmos nos microespaços fimbrias do afeto Como o que está acima A diminuta vida Assemelha-se ao divino A breve memória Tem um quê de infinito E o Deus acima dos deuses também contempla o que não é obra sua mais que ninguém sabe ser outro e ver-se refletido nas frágeis filigranas delicado tecido urdido, sonhado vivido por suas efêmeras criaturas.
Marco Villarta São José dos Campos, 30 de julho de 2021




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