top of page

A Rosa que Borges roubou de Paracelso

Atualizado: 16 de abr. de 2023

Na epopeia de Gilgamesh, uma serpente rouba-lhe a flor que concede a imortalidade. Devora-a, esgueira-se pelas fendas das rochas e deixa atrás de si apenas o herói perplexo diante de uma perda infinita. Em Borges, o tigre apodera-se do saber existir para dar uma palavra ao poema de Dante. Dante, descobre seu (próprio) desígnio. Ambos o perdem, porque a máquina do mundo é demasiada para a simplicidade de seus perplexos habitantes. O labirinto de linhas dos lugares por onde andamos, dos seres que conhecemos, esboça a imagem da nossa face. Tudo o que vemos, tudo o que somos é (ou não) um sonho dentro do sonho ?


Marco Villarta

Lavras, 11 de fevereiro de 2016.

Posts recentes

Ver tudo

Comentários


Marco Villarta

Professor universitário, pesquisador, poeta, ensaísta, escritor, tradutor. Doutor em Letras. Nascido em São José dos Campos/SP - Brasil. Curioso pela vida e pelas pessoas, pela arte e pelos sonhos.

Membro correspondente da Academia Jacarehyense de Letras

Copyright © 2025. Todos os Direitos Reservados

bottom of page