A Rosa que Borges roubou de Paracelso
- Marco Villarta

- 3 de jun. de 2022
- 1 min de leitura
Atualizado: 16 de abr. de 2023
Na epopeia de Gilgamesh, uma serpente rouba-lhe a flor que concede a imortalidade. Devora-a, esgueira-se pelas fendas das rochas e deixa atrás de si apenas o herói perplexo diante de uma perda infinita. Em Borges, o tigre apodera-se do saber existir para dar uma palavra ao poema de Dante. Dante, descobre seu (próprio) desígnio. Ambos o perdem, porque a máquina do mundo é demasiada para a simplicidade de seus perplexos habitantes. O labirinto de linhas dos lugares por onde andamos, dos seres que conhecemos, esboça a imagem da nossa face. Tudo o que vemos, tudo o que somos é (ou não) um sonho dentro do sonho ?
Marco Villarta
Lavras, 11 de fevereiro de 2016.



Comentários