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O Pinscher e a Tartaruga

Atualizado: 21 de mai.

Para o Pedrinho


Pelo gramado de uma rica chácara, ia para cá e para lá um Pinscher inquieto, com seu jeito saltitante e errático. À sombra de uma árvore, encontrou o que parecia ser uma pedra cheia de incrustações. O Pinscher, fascinado, estendia o focinho em direção à suposta rocha, avançava e recuava. Depois de alguns minutos, de dentro da “pedra”, saiu um pescoço enrugado, com olhos que se abriam e fechavam lentamente. Diante de tal aparição, o Pinscher pôs-se a latir e tremer com intensidade. A tartaruga, ainda com os olhos semifechados, disse a ele: __ Bem vindo a minha casa, novo vizinho O Pinscher, arregalando os olhos, parou de latir, mas tremeu ainda mais. Recuou, voltou-se para trás e saiu correndo em direção à casa. __ Suspirando lentamente, a tartaruga lamentou. Parecia tão simpático esse cachorrinho. E, fechando os olhos, recolheu novamente sua cabeça para dentro da sua carapaça.

Moral: o fenômeno depende do ponto de vista de quem o vivencia.


Marco Villarta Lavras, 14 de abril de 2023

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Marco Villarta

Professor universitário, pesquisador, poeta, ensaísta, escritor, tradutor. Doutor em Letras. Nascido em São José dos Campos/SP - Brasil. Curioso pela vida e pelas pessoas, pela arte e pelos sonhos.

Membro correspondente da Academia Jacarehyense de Letras

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