Minhas paixões literárias
Paixão, pathos. Perspectiva do que nos afeta, dos afetos que nos moldam. Minha história com autores, obras, movimentos estéticos tem sido de encantamento, de assombro. Nelas, descubro-me humano, como os personagens que me intrigam e me arrebatam, como os narradores que me conduzem, enfim, como os autores que engendram universos, fractais experiências que conjuminam o grande e o pequeno, o infinitesimal e o infinito.
Machado de Assis

O bruxo do Cosme Velho foi o primeiro autor que me fascinou. Talvez fosse uma paixão para dar errado. O adolescente curioso poderia ter simplesmente achado estranhos aqueles textos repletos de reflexões agudas sobre a natureza humana. Ainda mais considerando-se que vinham empacotados em tarefas escolares. Mas foi diferente. E a cada releitura, me redescubro ainda mais encantado pela genial construção estética de Machado.